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Espada que corta tronco de árvore



As religiões duelam com espadas cegas, se batendo em igualdade de patamar do poder desempenhado pelos seus fundadores, que operaram milagres de convencimento para fazer subsistir sua doutrina; suas histórias estão registradas em escrituras sagradas milenares, com profecias cumpridas, versando sobre os momentos subsequentes da morte, exaltando a criação da natureza e algumas delas exaltam também o Deus personificado.

A racionalidade com esperança leva a conceber uma outra vida após a morte; e independente de conhecer o mundo de lá, a racionalidade indica que quem levar vaidade, habitará com os vaidosos e quem levar amor habitará com os amorosos. Mas as religiões extrapolam suas ideologias que se divergem e se nivelam na comparação de poder do seu taumaturgo; e tal igualdade de patamar de poder faz parecer óbvio a convergência para um sincretismo religioso universal.

Diante deste caminho, requer ponderar que as religiões naturalistas consideram o mundo espiritual regido por leis imutáveis da própria natureza, enquanto as religiões teístas proclamam a existência de um Deus e de seus mensageiros. De sorte que, se o mundo espiritual for regido por leis da natureza, haverá coerência para a unificação das religiões e a adoração a pessoas iluminadas nos aproximaria da perfeição; no entanto, se no mundo espiritual houver a pessoa de Deus, a mesma adoração dispensada aos outros seres menores pode ser desrespeitosa, se esse Deus quiser assim considerar.

A racionalidade aponta na sobreposição do Deus Único, o que leva a crer que o mundo celestial não deverá ser regionalizado como as religiões da Terra; e igualmente a racionalidade faz pensar que teremos todos o mesmo caminho, já que todos entram no mundo pelo ventre da mãe e do mundo saem pela morte.

O interesse pelas coisas da outra vida deve gerar uma natural intimidade com o outro mundo, aumentando em reciprocidade a nova acolhida; nisso se observa que todas as religiões pregam a correlação das existências, num processo de causa e efeito, indicando que as almas estarão agrupadas segundo as emoções vividas. Todas as religiões pregam a harmonia, mas distinguem-se em divindades e na personificação de Deus, que existindo como Ser, sente ciúme, preza a fidelidade e pode se desagradar por desatenção. Esse cuidado leva a observar a espiritualidade, porque a outra opção é o nada, o vazio!

Mas quando predomina a esperança e se alcança o entendimento de uma existência além, torna-se vigilante em perceber desvantagem de qualquer benefício nessa vida curta, sob ônus na eternidade; e exatamente por ser sem fim, é sublime, é muito mais que sublime, é sagrada!

No entanto, parece que a máquina corpórea compulsiva de hormônios e medo, nos prende às coisas da matéria, através de uma cortina que impede enxergar além, restando como certeza plena, o andamento fisiológico para dentro de um caixão debaixo da terra; e isso não é nada, porque é inevitável e assim nos consola, mas o que virá depois é o que importa, justamente como já dito, por ser sem fim.

Assim, o crucial na breve existência de qualquer pessoa é melhorar a receptividade na próxima vida, que é eterna; e a desproporcionalidade temporal acusa insensatez. Na direção de construir boa acolhida espiritual, apesar da preferência por se encontrar junto a amigos e familiares após a morte, é muito provável que as leis que regem a transição do corpo para o espírito sejam atreladas a parâmetros universais, desvinculadas da geografia terrestre. As religiões se espalharam pelo mundo, fazendo ver a iluminação de seus protagonistas como um fenômeno raro, mas real e múltiplo, que faz perguntar se haverá um só Deus representado por alguma religião da Terra, por mais de uma, por todas, ou por nenhuma delas?

A resposta vale a eternidade, porque diante da possibilidade de um Deus Único, a distribuição populacional faz ver que a maior parte das pessoas estarão erradas a respeito dos conceitos espirituais. E tal erro, fere exatamente na eternidade, como cegueira ao verdadeiro Deus em se satisfazer com outras expressões místicas, ou como reflexo dos sentimentos estimulados.

Seguindo o princípio da boa acolhida espiritual, o interesse pelas crenças vivas e mortas mostra que as religiões solares prosperaram, pois estiveram mais ligadas à ciência que ao misticismo; e dentre elas há uma diferenciação no nível de poder atuado por Jesus de Nazaré, em comparação aos iniciadores espirituais de outras religiões, que também operaram milagres e sobrenaturais ao realizarem prodígios, enquanto Jesus de Nazaré, aparece no livro de Atos como dono do poder do Espírito e como dono o derrama sobre os apóstolos. Não é apenas o poder extraordinário de operar curas e sobrenaturais, é um outro nível superior de poder, de conceder esse poder e assim se identifica com o Todo Poderoso.

O livro de Atos dos Apóstolos é singular em documentar a majestade de Nosso Senhor Jesus Cristo, por sua distinção única de conceder o poder e mantê-lo em ausência. O livro cita o termo nasareus, empregado aos seguidores de Jesus de Nazaré, como uma corrente dissidente do judaísmo e que mais tarde se tornam conhecidos na cidade de Antioquia como cristãos. Sua ideologia nascida em Jerusalém se desdobra na Igreja de Roma no ano 384, na Igreja Ortodoxa do Oriente em 1054, na Igreja dos Protestante em 1517, além das variantes espalhadas pelo mundo, convivendo com o dobro de pessoas de outras religiões, que compactuam da liberdade de crença; e assim deve ser, ao agrado do Senhor que preza a liberdade.

Na terra mais árida e no sofrimento que afugenta, o Senhor mostra sua força erguendo o cristianismo; sua história é crível pela identificação de sofrimento nos relatos de perseguição aos nasareus, que pelos milagres vistos, de seu sangue fizeram sementes.